sábado, 4 de setembro de 2010

Taháinn - O Sacrificio (parte 3)

Ruslan foi o primeiro a agir. Podia não ser um guerreiro, no entanto era rápido no pensamento e sabia que lutava contra um oponente formidável. Sua mente astuta – treinada com anos de pratica na politicagem de Riddarie –  avaliou rapidamente sua condição e logo soube que precisava fazer o primeiro movimento, explorar a vulnerabilidade do irmão que fora criada pelo Fäinnur. Decidiu investir em carga contra seu adversário para então recuar rapidamente, tentaria derrubar o irmão e torcia para que seu próprio corpo destreinado e exausto agüentasse as intempéries de um combate. Respirou fundo e então correu em direção ao inimigo, com a espada levantada acima da cabeça e soltando o mais alto brado que conseguiu produzir com seu pulmão exaurido, procurando encontrar coragem e forças. Sem que notasse, era ajudado pela estranha magia das rochas verdes, que pareciam apenas querer a discórdia.

sábado, 21 de agosto de 2010

Revista FANTÁSTICA

Literatura fantástica nacional por muito tempo era de uma existência tão surreal quanto às histórias que esse ramo se propõe a explorar. Hoje em dia essa situação mudou um pouco, ainda que com muitas dificuldades, cada vez mais autores tem conseguido iniciar suas carreiras no mundo da escrita profissional, contudo, mesmo com a crescente quantidade de novo material que é injetado no mercado, provavelmente a maioria dos que estão lendo essa postagem teria dificuldades em citar o nome de três autores brasileiros que se aventuraram no campo da fantasia.

Taháinn - O Sacrificio (parte 2)

Taháinn virou-se, primeiro por susto, movido pelo instinto; aquele era o ultimo lugar o qual esperava ser descoberto e, por isso, fora surpreendido pelo brado. Porém, em meio ao movimento giratório que fez para volver-se, acabou por identificar a voz do homem que o chamava. Uma voz familiar, que ouvira por toda a sua vida e que, há menos de uma semana, passara a odiar. Quando terminou sua meia volta – um esboço daquela que havia aprendido em seus tempos de recruta, já que sua perna defasada o impossibilitava de movimentos amplos – não mais estava com a expressão atônita dos surpreendidos em sua face. Exibia um meio sorriso, um misto de triunfo e perversidade. Era como se olhasse para um inseto particularmente nojento a ser esmagado e sentisse um prazer cruel no exercício deste poder; foi apenas uma das coisas a fazer com o recém chegado que passaram por sua mente insana. Refreou o imensurável instinto assassino que começava a se apoderar de seu corpo e causar-lhe tremeliques, limitando-se a fitar os olhos daquele que havia acabado de chegar com uma calma perturbadora.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Taháinn - O Sacrificio (parte 1)

O pesado escarpe do cavaleiro levantou a poeira vermelha e antiga - que se acumulara durante eras naquele chão irregular - assim que o primeiro passo foi dado para dentro da caverna. Sua armadura completa tiniu e rangeu conforme as placas que a compunham roçavam-se e estalavam, efeito que acabava por resultar em um som alto e perturbador devido ao eco produzido pelo lugar. O espadachim prendeu a respiração, temendo, em seu intimo, que houvesse alertado alguma criatura habitante das vastidões daqueles túneis a qual pudesse representar alguma ameaça para sua profana empreitada. Riu de si mesmo, devido ao temor impensado que havia o acometido. Sabia que agora nada poderia representar-lhe perigo e, além do mais, acabou por constatar que as velhas lendas eram verdadeiras: nenhum ser vivo tinha como morada as amaldiçoadas cavernas de Hellad-Kuzartel. Não havia ali criatura fantástica e tampouco corriqueiros morcegos - tão comuns a esse tipo de ambiente -. Contudo, mesmo que do contrario fosse, mesmo que a morte ali habitasse, não haveria problema... A escuridão estava ao seu lado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Bardo e o Barbaro

– Este caminho vai ao longe, continua sempre em frente. Mas sugiro meia volta. Assim mesmo, de repente.

A frase cortou a conversa barulhenta do grupo que seguia estrada adiante e os fez estacar, não por medo do que era dito, mas pela inesperada sugestão. Era um dia bonito e calmo naquela região: pássaros murkhala piavam de suas tocas no paredão rochoso, nuvem alguma ousava atravessar o sol, pequenos insetos rastejavam com sofreguidão devido à proximidade de pessoas e uma brisa agradável atravessava aquela região montanhosa.  O grupo maltrapilho – portando equipamento de baixa qualidade e contrastando com a paisagem – não havia avistado uma alma sequer, naquele dia ou no anterior, portanto não era de se espantar, diante de tal calmaria, que pelo menos três dos homens pensaram estar lidando com um fantasma.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sobre Cmyvllaeth

Agora que Deathaholic já deu um panorama geral da ambientação medieval dele, creio que chegou a minha vez de falar sobre o que ando criando. Porém, temo que meu mundo esteja ainda num estado por demais primitivo, muito ainda não foi definido e muito coisa ainda pode ser mudada. Contudo, tentarei citar algumas coisas que já foram decididas e com isso tentar mostrar uma imagem geral e o rumo o qual pretendo seguir.

domingo, 18 de julho de 2010

Void Twitter

Boa noite (ou qualquer horario que esteja lendo isso) pessoal! o/
Esse é um post bem curto. É só para informar que fizemos um Twitter para o blog. Não que seja algo extramamente util ou importante, mas assim quem não tiver conta no blogger ou seja lá o nome da coisa pode ficar informado sobre atualizações daqui \o/
Sem contar que pode ajudar tambem em divulgação então não custa nada fazer um Twitter.
Well, para quem estiver interessando, aqui vai o link:

VoidTwitter

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Contos de Laeria -- Vocação de Kaal (Parte 1 de 2)

Ano 3011 – Quinta era dos humanos


    No meio da sala, Kraal Maase sentiu novamente a pontada de dor na sua cabeça retornar com maior intensidade. Sua reação foi visível e preocupante o bastante para que um dos seus alunos perguntasse se estava tudo bem. Kraal balançou a cabeça com um olhar severo, sinalizando que deviam desconsiderar o que tinham visto. O poder que exercia naquele local era tão intenso que no momento seguinte não se detectava em nenhuma fisionomia qualquer semblante que demonstrasse que algo fora do comum acontecera. “Eles sabem”, pensou Kraal, “Mas por quê me importo?”.

Laeria

A partir de hoje, postarei histórias do meu mundo de fantasia que se chama (tambores) Laeria.
Não tenho pretensão de descrever em um único post esse mundo pois, vasto como o imaginei, isso consumiria muito tempo, muitas palavras e muita paciência do leitor.

Ao invés disso, eu optei por descrevê-lo aos poucos, pela visão das próprias pessoas do mundo através das histórias e dos documentos deixados por elas.

Alguns aspectos são importantes para a concepção do mundo na cabeça do leitor e aqui tentarei apontar alguns deles

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Antologias


Ainda que hoje em dia a publicação de um romance, para um escritor amador, seja sensivelmente mais acessível do que, digamos, algumas décadas atrás, a tarefa continua deveras árdua; uma jornada quase que épica lutando bravamente por um espaço no mundo editorial e literário, sempre tentando vencer o monstro do preconceito que surge por parte das grandes editoras e dos próprios leitores brasileiros – que por vezes parecem considerar que histórias fantásticas escritas por gente de sua própria terra simplesmente não têm como exibir qualidade. Felizmente, em meio à tantas dificuldades enfrentadas por aqueles que tentam seguir o caminho da escrita, se popularizou nos últimos anos – provavelmente devido às facilidades trazidas pela internet e a crescente quantidade daqueles que se aventuram na escrita – um fenômeno que em muito pode ajudar um escritor que ainda não conseguiu o seu renome: as antologias.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Apresentação

Hail! Para dizer a verdade, seria bem próprio aproveitar o post inicial desse blog para fazer uma breve introdução sobre o que se pretende dele, traçar seus objetivos e elucidar a um talvez eventual leitor a que viemos. Contudo, a impropriedade parece se apossar dele nesse exato momento quando eu sou obrigado a confessar que, de minha, e creio poder dizer, de nossa parte, não fazemos a menor idéia do que – exatamente – estamos fazendo aqui.